Acho que nunca ouvimos tanto falar desse assunto como ultimamente. É na televisão, no rádio, nas mídias sociais, enfim, todo mundo fala em inclusão social e dão uma bela e humana definição para tal, mas será que na prática ela está funcionando tanto quanto falam? É verdade que a uns 10 ou 15 anos atrás não víamos tantas pessoas com deficiência nas ruas, quase nunca víamos um cadeirante. É porque não tinha cadeirantes? Tinha sim, porém a falta de acessibilidade os impediam muito de sair de casa. Hoje em relação a isso, muito se melhorou, aqui onde moro todos os ônibus coletivos tem elevador e lugares para cadeirantes, assim como todas as agências bancárias e shoppings tem rampas e banheiros adaptados e isso com certeza encorajam muitos cadeirantes a saírem de casa .....
Mas a história não acaba por ai, é tudo muito lindo pensando por esse lado mas infelizmente isso não é tudo. Falando ainda em cadeirantes, esses dias uma mãe estava me contando que quando leva a filha no médico, ele tem que descer da sala dele e atender em outro lugar porque não tem elevador e nem rampa de acesso até sua sala, imagina a situação chata que essa mãe passa. Muitos lugares ainda não estão preparados para receber pessoas com qualquer tipo de deficiência. Lojas e supermercados com corredores apertados que não dá pra passar cadeira de rodas, ou sem rampas de acesso até para adentrar ao estabelecimento, ruas sem calçadas e inapropriadas, enfim, muitas coisas que precisam de muitas mudanças para a verdadeira inclusão acontecer.
Mas vamos voltar agora para o lado que eu convivo e posso falar o que presencio, o lado autista. Tenho certeza que não é só eu que passo inúmeras vezes por situações adversas quando peço prioridade em um hospital por exemplo e ouço a enfermeira dizer: "Autista? Nossa, nem parece" Tá, eu sei que não é por mal, pelo contrário, sei que elas querem dizer que o grau dele é leve, o que não é de todo verdade, mas tudo bem; só que parece que eu estou querendo algo que não é do meu direito, entende? Outra coisa que sempre acontece é em ônibus lotado, quase nunca ninguém oferece lugar a uma criança como o Miguel porque acham que só quem tem deficiência física é que precisa de lugar, só que o Miguel não sabe se segurar no ônibus e como ele é uma criança muito grande e forte pra idade, se ninguém der lugar eu fico no maior sufoco pra me segurar e segurar ele, detalhe, ele odeia ir em pé e fica achando ruim, bravo e me empurrando.
e é isso que todo mundo precisa entender, inclusive nossos governantes. Muito se falou e ainda se fala sobre o fechamento das "Apaes", e sei que isso traz muitas preocupações a várias mamães que seus filhos são atendidos lá. Na minha opinião, cada caso deve ser visto em particularidade. Depois que o Miguel começou as terapias, a neuropediatra e a psicologa disseram que ele precisava ir pra escola, como eu não poderia pagar uma particular fiz inscrições em várias escolinhas e na Apae também. Na mesma época a escolinha perto da minha casa chamou o Miguel, e a Apae também. Na mesma semana, por coincidência, a neuropediatra que faz a avaliação na Apae daqui de Londrina é a mesma que acompanha o Miguel e isso foi ótimo na época. No dia da avaliação, ela conversou comigo e com meu marido e nos aconselhou a deixar na escola regular, e falou que como o Miguel era pequeno, seria muito bom ficar com outras crianças que falam bastante para ser incentivo a ele, também ela nos disse que lá (Apae) ele ficaria com crianças de diferentes deficiências e ele poderia assumir comportamentos de outras crianças com outras necessidades, escolhemos deixar ele na escola regular bem perto de casa até porque isso seria bom. O Miguel ficou durante um ano nessa creche e em todo o ano teve acompanhamento de professor de apoio.
E dessa experiência eu posso falar sobre a tal "inclusão" que presenciamos. Ele ficava em tempo integral, a professora da sala toda do período da manhã era uma amor e o Miguel a adorava, no período da tarde no primeiro semestre era uma professora que só reclamava do Miguel e por ela teríamos ou aumentado a dose ou mudado a medicação. A professoras de apoio da tarde era um amor também, e o Miguel a amava também e do período da manhã no primeiro semestre era uma e no segundo semestre colocaram um rapaz como professor de apoio e é dele que quero falar. Quando meu marido foi levar o Miguel e me contou que tinha mudado e era um rapaz, imediatamente eu me preocupei, pensei que por ser homem e jovem, já julguei inexperiente e imaginei que o Miguel não gostaria; me enganei tanto e paguei minha língua 'rsrs, o Miguel mudou tanto depois que passou a ficar aos cuidados desse professor, o progresso dele foi notável, até coisas que eu não conseguia fazer o Miguel comer, como frutas ele conseguiu ensinar. Um dia fui chamada pela diretora da escola e ela me contou que esse professor de apoio estava fazendo
Mas a história não acaba por ai, é tudo muito lindo pensando por esse lado mas infelizmente isso não é tudo. Falando ainda em cadeirantes, esses dias uma mãe estava me contando que quando leva a filha no médico, ele tem que descer da sala dele e atender em outro lugar porque não tem elevador e nem rampa de acesso até sua sala, imagina a situação chata que essa mãe passa. Muitos lugares ainda não estão preparados para receber pessoas com qualquer tipo de deficiência. Lojas e supermercados com corredores apertados que não dá pra passar cadeira de rodas, ou sem rampas de acesso até para adentrar ao estabelecimento, ruas sem calçadas e inapropriadas, enfim, muitas coisas que precisam de muitas mudanças para a verdadeira inclusão acontecer.
Mas vamos voltar agora para o lado que eu convivo e posso falar o que presencio, o lado autista. Tenho certeza que não é só eu que passo inúmeras vezes por situações adversas quando peço prioridade em um hospital por exemplo e ouço a enfermeira dizer: "Autista? Nossa, nem parece" Tá, eu sei que não é por mal, pelo contrário, sei que elas querem dizer que o grau dele é leve, o que não é de todo verdade, mas tudo bem; só que parece que eu estou querendo algo que não é do meu direito, entende? Outra coisa que sempre acontece é em ônibus lotado, quase nunca ninguém oferece lugar a uma criança como o Miguel porque acham que só quem tem deficiência física é que precisa de lugar, só que o Miguel não sabe se segurar no ônibus e como ele é uma criança muito grande e forte pra idade, se ninguém der lugar eu fico no maior sufoco pra me segurar e segurar ele, detalhe, ele odeia ir em pé e fica achando ruim, bravo e me empurrando.
E sei que não sou a única a passar por isso. Mas sabe, a inclusão mesmo, começa nos pequenos detalhes, pelo menos é o que eu penso, porque a verdadeira inclusão não é tratar todo mundo igual, quem tem deficiência e quem não tem da mesma maneira, não é isso, é tratar a cada um segundo a sua necessidade;
e é isso que todo mundo precisa entender, inclusive nossos governantes. Muito se falou e ainda se fala sobre o fechamento das "Apaes", e sei que isso traz muitas preocupações a várias mamães que seus filhos são atendidos lá. Na minha opinião, cada caso deve ser visto em particularidade. Depois que o Miguel começou as terapias, a neuropediatra e a psicologa disseram que ele precisava ir pra escola, como eu não poderia pagar uma particular fiz inscrições em várias escolinhas e na Apae também. Na mesma época a escolinha perto da minha casa chamou o Miguel, e a Apae também. Na mesma semana, por coincidência, a neuropediatra que faz a avaliação na Apae daqui de Londrina é a mesma que acompanha o Miguel e isso foi ótimo na época. No dia da avaliação, ela conversou comigo e com meu marido e nos aconselhou a deixar na escola regular, e falou que como o Miguel era pequeno, seria muito bom ficar com outras crianças que falam bastante para ser incentivo a ele, também ela nos disse que lá (Apae) ele ficaria com crianças de diferentes deficiências e ele poderia assumir comportamentos de outras crianças com outras necessidades, escolhemos deixar ele na escola regular bem perto de casa até porque isso seria bom. O Miguel ficou durante um ano nessa creche e em todo o ano teve acompanhamento de professor de apoio.
E dessa experiência eu posso falar sobre a tal "inclusão" que presenciamos. Ele ficava em tempo integral, a professora da sala toda do período da manhã era uma amor e o Miguel a adorava, no período da tarde no primeiro semestre era uma professora que só reclamava do Miguel e por ela teríamos ou aumentado a dose ou mudado a medicação. A professoras de apoio da tarde era um amor também, e o Miguel a amava também e do período da manhã no primeiro semestre era uma e no segundo semestre colocaram um rapaz como professor de apoio e é dele que quero falar. Quando meu marido foi levar o Miguel e me contou que tinha mudado e era um rapaz, imediatamente eu me preocupei, pensei que por ser homem e jovem, já julguei inexperiente e imaginei que o Miguel não gostaria; me enganei tanto e paguei minha língua 'rsrs, o Miguel mudou tanto depois que passou a ficar aos cuidados desse professor, o progresso dele foi notável, até coisas que eu não conseguia fazer o Miguel comer, como frutas ele conseguiu ensinar. Um dia fui chamada pela diretora da escola e ela me contou que esse professor de apoio estava fazendo
especialização com crianças especiais e umas das responsáveis por ele na faculdade contou pra diretora que todos os dias ele chegava na faculdade procurando material sobre autismo. Enfim, ele estava fazendo valer a pena o seu estágio e isso fez diferença na nossa vida e na do Miguel. Isso pra mim é inclusão e isso sim merece ser aplaudido, e deve ser motivo de orgulho.
Essa é a verdadeira inclusão, já ouvi uma mãe dizer "que seu filho que vai na escola regular tem uma professora de apoio boazinha, e só, e acrescentou que elas são muitos legais mas não são preparadas para lidar com uma criança especial" e realmente ser boa não é o suficiente pra nossas crianças; ela tem o direito de ter um aprendizado ainda que diferenciado, do jeito que ela precisa, e nisso os nossos governantes não pensa. A culpa não é de nossos professores e sim do governo em questão que não prepara os profissionais para o tal, Fazem questão de falar tanto em inclusão, mas muito pouco realizam para que isso realmente aconteça e tudo acaba ficando só na teoria. Infelizmente, essa é a situação, ainda tem muito a ser feito, claro que muitas coisas já tem mudado, e temos a lei a nosso favor para fazer valer, e nós pais devemos fazer isso, correr atrás dos direitos dos nossos filhos, eles precisam da nossa defesa. Vamos fazer valer essa tão falada inclusão que todo mundo ouve falar, mas nem todo mundo pratica... Só assim nossos filhos viverão em um mundo mais dignos. Será que isso é possível? Espero eu pode ver isso!
Essa é a verdadeira inclusão, já ouvi uma mãe dizer "que seu filho que vai na escola regular tem uma professora de apoio boazinha, e só, e acrescentou que elas são muitos legais mas não são preparadas para lidar com uma criança especial" e realmente ser boa não é o suficiente pra nossas crianças; ela tem o direito de ter um aprendizado ainda que diferenciado, do jeito que ela precisa, e nisso os nossos governantes não pensa. A culpa não é de nossos professores e sim do governo em questão que não prepara os profissionais para o tal, Fazem questão de falar tanto em inclusão, mas muito pouco realizam para que isso realmente aconteça e tudo acaba ficando só na teoria. Infelizmente, essa é a situação, ainda tem muito a ser feito, claro que muitas coisas já tem mudado, e temos a lei a nosso favor para fazer valer, e nós pais devemos fazer isso, correr atrás dos direitos dos nossos filhos, eles precisam da nossa defesa. Vamos fazer valer essa tão falada inclusão que todo mundo ouve falar, mas nem todo mundo pratica... Só assim nossos filhos viverão em um mundo mais dignos. Será que isso é possível? Espero eu pode ver isso!
0 Comments: